Menores emissões

As maiores emissões associadas ao uso dos veículos automóveis decorrem da sua fase de utilização e como os veículos elétricos consomem apenas um terço da energia (Joules) dos convencionais, são inerentemente menos poluentes, mesmo que a eletricidade seja produzida com recurso a fontes fósseis.

Eletricidade renovável

A revolução acorrida nos últimos anos nas tecnologias de captura de energia a partir de fontes renováveis como a solar e a eólica captadas localmente, permitiu que o preço do kWh captado a partir delas seja já inferior ao de que qualquer alternativa convencional, possibilitando ainda reduzir a dependência do petróleo importado e que o dinheiro poupado permaneça na economia local/nacional.

Rede elétrica

Nos países ocidentais toda a infraestrutura para o transporte da energia (eletricidade), desde onde essa é captada até onde é consumida, está instalada e possui já hoje capacidade de reserva mais que suficiente para o aumento das cargas associadas à mobilidade elétrica, desde que essa seja gerida de forma inteligente. Em Portugal se todos os veículos de transporte fossem já hoje elétricos esse fato implicaria um aumento no consumo de eletricidade de 15% dos valores atuais.

Autonomia dos VE´s

A menor autonomia dos veículos elétricos (VE´s) constitui já hoje um obstáculo mais psicológico do que real. Mais de 80% dos cidadãos da Europa utilizam os seus veículos automóveis em menos de 40 km por dia e a autonomia dos VEs já no mercado é de seis a vinte vezes esse valor, com tendência para continuar a aumentar. O VE puro é por natureza um meio de transporte urbano e, nesta fase, preferencialmente para quem disponha de acesso facilitado a uma tomada para a recarga lenta durante a noite, quando o veículo está imobilizado, há excesso de geração na rede e a energia é mais barata; ou no local de trabalho durante o dia.

Plug-In híbridos

Para quem necessitar e/ou desejar possuir apenas um veículo, os híbridos Plug-In constituem uma tecnologia de transição com preços cada vez mais próximos dos modelos com tecnologia convencional.

Paridade no Preço

A maioria dos fabricantes, cidades e países têm já delineados planos para reduzir e mesmo suprimir os veículos convencionas – sobretudo com motorização Diesel – do mercado. Os mais ambiciosos são a Noruega que o anuncia fazer até 2025 e o mais relevante a Alemanha, devido a ser um país fabricante responsável por 20% da produção mundial e que manifestou essa intenção até 2035. Hoje temos já centenas de modelos de veículos elétricos no mercado, com uma parte significativa destes originários da China, fabricados por marcas que nasceram para a mobilidade elétrica. Anunciam-se já autonomias superiores a 1.000 km para alguns modelos e a paridade do preço do convencional com o elétrico para 2023.

Recarga Wireless

Hoje a recarga dos veículos elétricos assenta em sistemas não estandardizados e na necessidade de manipular cabos incómodos. Para facilitar a massificação dos VE´s está em curso a implementação de sistemas de recarga indutiva (sem fios) baseados num Standard criado pelas partes envolvidas, com tecnologia que requer a mínima, ou nenhuma intervenção humana uma vez que a médio prazo os VE´s serão autónomos. Os principais requisitos da nova infraestrutura de recarga são: 1. Universalidade e interoperabilidade, 2. Simplicidade de utilização, 3. Elevada fiabilidade, 4. Elevada eficiência energética, 5. Elevada robustez física e facilidade de integração em ambiente urbano, 6. Segurança, 7. Menor custo possível de implementação e exploração.